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ZÉ EDUARDO UNIT – A Jazzar no Zeca: A Música de José Afonso – CD – CF028CD

19,99  19,79 

1 / Era de Noite e Levaram
2 / Grândola, Vila Morena
3 / Coro Moço
4 / O Que Faz Falta
5 / Coro da Primavera
6 / Traz Outro Amigo Também
7 / Cantar Alentejano
8 / Escandinávia-Bar
9 / Clean Fee

Após o sucesso do projecto “A Jazzar no Cinema Português” (onde se incluíam dois temas da autoria de José Afonso, “Grândola, Vila Morena” e “Os Índios da Meia-Praia”) e na sequência de toda uma vivência humana e musical, Zé Eduardo teve a ideia de prestar homenagem a José Afonso, um dos mais importantes autores nacionais de todos os tempos e um dos nomes mais importantes da luta anti-fascista e da REVOLUÇÃO – sim, REVOLUÇÃO – de Abril.

A escolha dos temas incluídos em “A Jazzar no Zeca” (Clean Feed, 2004) ficou a dever-se mais às letras do que propriamente e pela música, “… basicamente pelo que representam e pela força das palavras, campo onde o Zeca era um mestre…”, referiu Zé Eduardo, acrecentando ainda que “… é claro que a música do Zeca também faz sentido sem a poesia, mas foi graças à sua união com as palavras que o todo se tornou definitivo nesse momento histórico crucial”.

Aqui fica a forma como Zé Eduardo analisa os temas de José Afonso incluídos em “A Jazzar no Zeca”:

“Era de Noite e Levaram”
Uma cordial visita da polícia política nas horas de “expediente”. Música cinematográfica.

“Grândola, Vila Morena”
No seu tempo um “hino”. Agora uma proposta de uma revolta que vamos adiando porque para avestruzes caminhamos. Música cinematográfica.

“Canto Moço”
Outro “hino” que, há anos – fora do contexto – foi “banalizado” por aqueles a quem estava destinado. Uma pena. Permiti-me fazer dele uma “reggae”. Já agora também o banalizo.

“O Que Faz Falta”
Mais um “hino”. Muito no estilo “seventies”. Últimos anos das “frentes” eleitorais impossíveis e das transições pacíficas… Dele fizemos festa. O Zeca cantava-o como tal.

“Coro da Primavera”
Letra incomodamente actual. Ainda bem que os “media” estão “atentos” para proteger as nossas mentes de todo o pecado. Obrigado.

“Traz Outro Amigo Também”
Um convite para actividades politicamente “incorrectas”. Um tema jazzisticamente mais correcto. Puro espírito de contradição, dirão alguns.

“Cantar Alentejano”
Um “requiem” por uma Combatente da Liberdade. Música cinematográfica (mal inspirada alusão às acelerações e desacelerações dos jeeps das forças da ordem nas searas alentejenas de então). Acaba com o funeral e uma “quote” a um “hino” da época. É só mudar o tema de menor a maior. Fica para adivinhar.

“Escandinávia-Bar”
Cantiga de “escárnio e maldizer” de um Zeca que já estava a ver o que lhe (nos) veio a cair em cima. Entretanto já nos caiu mesmo em cima. “Quote” ao velho “blues” seguida de passagem reiterativa. Fica a adivinha.
[Retirado das liner notes do CD “A Jazzar no Zeca”, Clean Feed, 2004]

O disco “A Jazzar no Zeca” foi apresentado ao vivo na “Festa do Avante!”, no passado Sábado, 4 de Agosto. Neste concerto, Zé Eduardo, bem ao seu estilo, sempre cáustico e irreverente, fez-se acompanhar por Jesus Santandreu (sax tenor), Marc Miralta (bateria) e por um convidado especial, o trompetista norte americano Jack Walrath. Foram interpretados os temas “Era de Noite e Levaram”, “Escandinávia-Bar”, “Cantar Alentejano”, “Grândola, Vila Morena”, “Traz Outro Amigo Também” e “O Que Faz Falta”.

AJA Associação José Afonso

Peso
150 g

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