Carlos Paredes tornou-se um dos principais nomes da cultura e da música portuguesas, sendo talvez o mais preponderante guitarrista de origem lusa. Imbuindo-se na sua arguta genética para a música, deu asas e forma a diversas criações musicais, indo para além da tradição coimbrã com a qual cresceu. Para além de preencher o seu país com o seu imenso talento, também se tornou conotado fora de portas e colaborou com diferentes áreas artísticas, tais como a dança e o teatro. Com uma afinação subtilmente fervorosa e com uma harmonia rendilhada de melodias a arrastarem-se com suavidade dentro dos ouvidos, Carlos Paredes proporcionou um êxtase íntimo àquilo que os sentidos conseguem captar. Uma sensação decorosa ao coração que, por fim, se deixa relaxar após tanto tempo em polvorosa.
“Quando eu morrer, morre a guitarra também.
O meu pai dizia que, quando morresse, queria que lhe partissem a guitarra e a enterrassem com ele.
Eu desejaria fazer o mesmo. Se eu tiver de morrer.”