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ANTÓNIO CHAPARREIRO & PEDRO ALÇADA – Opus Macaronicorum – CD – CS299CD

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1 / Awakening In The Snows Of Alaska / 3:36
2 / The Stress And The New Year Resolution / 0:58
3 / One More Tweet For The World / 0:35
4 / Hamelin Calling / 1:35
5 / Laughing Stock / 2:18
6 / A Talk With Talking Drums / 2:19
7 / Walking Down The Valley / 3:55
8 / Looking For Clues With Philip Marlow / 2:10
9 / Terror From Outer Space / 2:18
10 / Hitchiking With A Black Monk In A Black Suite (Lo-Fi Version) / 2:33
11 / I’m A Lonesome Cowboy / 2:51
12 / Tintin Et Tonton / 4:31
13 / Night Breeze In Beyond Taje (Under An Oak Tree) / 5:15

O novíssimo “Opus Macaronicorum” marca a estreia discográfica do duo formado por dois notáveis músicos que ainda aguardam por um mais amplo e justo reconhecimento, António Chaparreiro e Pedro Alçada. O primeiro vem desenvolvendo a sua actividade nas áreas da música improvisada e do experimentalismo, tendo colaborado repetidamente com figuras como Ernesto Rodrigues e Emídio Buchinho. Alçada divide a sua atenção entre o pop-rock independente, em projectos como Coty Cream, e as mesmas linguagens do seu parceiro neste CD, ao lado de músicos como Paulo Alexandre Jorge e Carlos Ferrão, entre outros.

O que aqui vem é uma colecção de peças regra geral de curta ou mesmo curtíssima duração (13 ao todo, desafiando a superstição), associando a guitarra eléctrica de Chaparreiro e a bateria de Alçada, que também aqui acrescenta apontamentos de flauta barroca e harmónica. Ao longo do disco vão variando as preparações e os processamentos de sinal da guitarra, bem como as referências de estilo – há por aqui ecos de Robert Fripp, Fred Frith, Derek Bailey e Keith Rowe, mas não passando disso mesmo, dado o carácter muito pessoal das abordagens de António Chaparreiro. Este tem um som claramente alicerçado no rock, mas a sua propensão exploratória liberta-o de qualquer fidelidade a esse idioma. O mesmo se pode dizer de Pedro Alçada: se este não tem o mesmo tipo de jogo jazzístico de muitos bateristas da improvisação, também vai mais além do primado rítmico introduzido neste circuito por quem transitou do rock, entregando-se a um trabalho textural. Daí resulta uma música inquieta e questionante que nos mantém alerta do início ao fim, com ideias e desenlaces que muito frequentemente nos surpreendem.

Rui Eduardo Paes / Jazz.pt

Peso
150 g

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